Caríssima Minerva,
Obrigado por tudo o que fizeste
para eu conseguir regressar à minha querida Ilha, à minha bela Ítaca.
Quando nos encontramos da
primeira vez, deste-me a erva da vida e com ela dirigi-me para o castelo de
Circe. Essa feiticeira convidou-me a comer e no fim deu-me um licor, mas, graças
à tua oferta, o feitiço não resultou. Foi então que aquela misteriosa mulher me
reconheceu, desfez o feitiço dos meus companheiros e trouxe-nos de volta, não
como porcos, mas sim como valentes marinheiros.
Na despedida, Circe ainda me deu
preciosos conselhos, sem os quais estaria perdido.
O nosso segundo encontro,
Minerva, foi nas praias de Ítaca quando tu me transformaste num mendigo roto,
velho e triste para que ninguém me reconhecesse. Apesar de não querer mostrar a
minha verdadeira identidade, não me consegui conter e desvendei-me ao meu
filho, Telémaco.
E quando cheguei ao meu palácio, apenas
o meu velho cão Argus me identificou. Fiquei muito feliz, mas disfarcei dizendo
não o conhecer e todos acreditaram. Consegui entrar na minha própria casa,
fingindo pedir esmola, e lá estava a minha linda esposa, Penélope, muito
triste, querendo saber notícias minhas. Mais tarde, também a ama Euricleia
descobriu quem eu era na verdade, pois reconheceu uma antiga cicatriz que tenho
no joelho.
No dia a seguir, finalmente revelei-me
ao meu povo, que feliz queria lutar ao meu lado. Revelei-me à minha mulher, que
não acreditava em tanta felicidade…
Obrigado, Minerva, pois sem ti tudo poderia ter corrido mal.
Espero que continues a velar por mim, quando correr o mundo,
de aventura em aventura.
Ulisses
PS: Quanto aos pretendentes da rainha, eu tratei deles juntamente
com o meu filho...
(Matilde P., 6.ºB-VPA)
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