Telémaco, meu querido filho,
Talvez já não te lembres do meu rosto, porque tive de partir
eras tu uma inocente criança. Mas dez anos depois de te abraçar pela última
vez, ainda te recordo com saudade.
Será que me reconhecerias? Será que eu te reconheceria?
Ainda estou em Troia e está difícil de terminar esta guerra.
Ninguém tem um plano…. Será que se fingirmos ir embora, os troianos abrem
as portas da cidade? Há uma ideia que não me sai da cabeça: construir um cavalo
de madeira, pôr alguns homens lá dentro e deixá-lo junto da muralha como
"oferenda". Se os troianos levassem o cavalo para dentro da cidade,
os gregos escondidos no bojo poderiam abrir as portas de Troia e… Ah! Já sinto
o sabor da vitória… Já sinto o teu abraço…
Vou
compartilhar a minha ideia com os outros.
Até
breve, meu filho.
Ulisses
(Camila P., 6.ºB-VPA)
Querido Telémaco,
Escrevo-te esta carta pois tenho
muitas saudades tuas e porque sei que graves coisas estão a acontecer. Há mais
de 18 anos que não te vejo, mas imagino-te um belo jovem, cheio de força e
coragem para enfrentar os perigos que ameaçam Ítaca.
Ainda me lembro que não queria ir
para a guerra e fingi estar doido, mas os meus amigos ficaram desconfiados e
colocaram-te, ainda bebé, no caminho da charrua com que eu lavrava o campo.
Quando me aproximei de ti, tu sorriste feliz por me ver, confiante que eu me desviaria
do caminho, que eu jamais te magoaria… E foi assim que os meus companheiros
descobriram que não estava doido… E foi assim que eu fui obrigado a ir para a
guerra, a deixar a minha família, a deixar o meu reino…
Passei agora pela Ilha dos
Infernos, onde fiquei a saber o que está a acontecer na nossa casa, e tudo
farei para regressar o mais breve possível a Ítaca.
Aguarda-me, meu filho, e juntos mataremos
esses malditos pretendentes ao meu trono e vingaremos todas as afrontas que foram
feitas.
Aguarda-me…
Beijos do teu pai.
(Samuel S., 6.º B-VPA)
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