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          Penélope, meu amor,

                Sei que já não falamos há muito tempo, mas queria agradecer-te pela carta que me enviaste. Percebo que estejas preocupada por teres de escolher um dos pretendentes para ser rei, mas confia em mim, vou chegar a Ítaca não tarda.

                Tenho tanto para te contar. Acreditas que fui parar à Ciclópia!? No início, achei que tínhamos encontrado a única ilha que não era habitada. 

                Assim que saímos do barco, fomos à procura de frutos frescos, e encontramos um ciclope, uns dos maiores que já vi! Eu e os meus companheiros encontramos uma gruta e sem pensarmos duas vezes, escondemo-nos lá dentro. Mais para o final do dia, decidi sair, mas assim que coloquei o primeiro pé para fora vi algo que me deixou muito assustado. Mas conto-te tudo quando chegar a Ítaca.

                Mas deixando as aventuras de lado, como está a minha ilha preferida? E o meu amigo de quatro patas, Argus? Sem esquecer o meu adorado filho Telémaco, já se passaram mais de dez anos desde a última vez que o vi. Quando fui embora, foi uma das pessoas que mais me custou deixar. Eu sei que fui um pai ausente, mas assim que chegar, vou compensar todo o tempo perdido.

                Não te preocupes comigo. Já estou a caminho…

              Até breve, minha querida.

                Do teu amor,

Ulisses

(Rodrigo C., 6.ºB-VPA)


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